No último domingo (14), ocorreu nos Estados Unidos a grande final da Copa América disputada pela Colômbia e pela Argentina, na qual esta levou a melhor e conquistou seu 16° título, a maior vencedora da competição, mas a comemoração entre os jogadores ocorreu de maneira “controvérsia”
Tá, mas o que aconteceu de fato?
Na noite de segunda-feira (15), os jogadores foram recebidos na capital Buenos Aires por uma imensa torcida que cercavam as ruas por onde o ônibus que os transportavam passava.
No ônibus, os jogadores comemoravam o título, e uma das músicas cantadas era de cunho racista, xenofóbico e transfóbico. O momento foi gravado durante uma live feita pelo volante Enzo Fernández, que alertou aos colegas estava sendo transmitido e encerrou a live, entretanto o momento foi capturado por seguidores, causando controvérsia no mundo todo.
O canto entoado pelos jogadores continha em sua letra:
“Eles jogam pela França/mas são de Angola/que bom que eles vão correr/se relacionam com travestis/a mãe deles é nigeriana/o pai deles cambojano/mas no passaporte: francês”.
A intenção era zombar dos franceses que perderam para a Argentina na Copa do Mundo de 2022, só que essa zoação deixa sinais claros de racismo, xenofobia e transfobia. A “zoação” refere-se à ancestralidade dos jogadores franceses, filhos de imigrantes em sua maioria e a um boato sobre um suposto relacionamento entre Kylian Mbappe e a modelo trans Inês Rau.
Como o caso repercutiu?
O ato preconceituoso dos jogadores repercutiu de forma rápida e negativa. Muitos aguardam por um posicionamento por parte dos jogadores, que até o momento não se pronunciaram, entre eles Lionel Messi.
A Federação Francesa fará uma denúncia à Fifa para tomar medidas cabíveis e escreverá à Federação Argentina sobre o caso.
O caso de racismo ainda pode afetar as relações entre os jogadores de grandes clubes, como o Chelsea, que tem jogadores franceses e argentinos, alguns desses jogadores franceses inclusive já deixaram de seguir Enzo Fernández, jogador do time inglês que estava gravando o momento.
Vale ressaltar que já não é o primeiro caso de racismo no futebol e atitudes assim estão se tornando cada vez mais frequentes entre jogadores e torcedores.