FIM DA ESTRADA PARA JOE BIDEN

O mundo foi pego desprevenido neste fim de semana com o anúncio do atual presidente dos EUA, Joe Biden, que revelou ter desistido de concorrer à reeleição presidencial. Ele declarou apoio à vice-presidente, Kamala Harris, para se candidatar à presidência pelo Partido Democrata, concorrendo contra Donald Trump.

Apesar do anúncio, Biden continua como presidente dos Estados Unidos, comprometendo-se a cumprir seu mandato até o final, em janeiro de 2025. Em sua declaração, foi afirmado: “Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”. No entanto, sua decisão gerou reações, especialmente de integrantes do Partido Republicano, que pedem sua renúncia imediata.

Joe Biden e Kamala Harris, Foto: GETTY IMAGES.

Kamala Harris, ao receber o apoio de Biden, afirmou estar “honrada” e disposta a conquistar a nomeação como candidata democrata. Vários democratas proeminentes, como a senadora Elizabeth Warren e a deputada Pramila Jayapal, declararam apoio a Harris. Contudo, isso não garante automaticamente sua indicação. O processo de escolha do candidato democrata será decidido pelos delegados durante a Convenção Democrata em Chicago, em um processo que pode ser complexo e disputado.

A decisão de Biden também levanta questões sobre o futuro da arrecadação de fundos para sua campanha. Com mais de US$ 240 milhões arrecadados até o final de junho, a forma como esses recursos serão redistribuídos pode impactar significativamente a campanha de Harris ou de outro eventual candidato democrata. A legislação eleitoral dos EUA determina regras específicas para a transferência de fundos de campanha, deixando as coisas mais complexas.

A decisão do presidente Joe Biden de não tentar a reeleição, cedendo à pressão de seu partido, pode ter um grande impacto nas eleições presidenciais dos EUA. Apoiar Kamala Harris como candidata democrata traz novos desafios e oportunidades. Por um lado, isso pode unir os democratas em torno de uma nova líder e crescer o partido contra Donald Trump, mas a mudança repentina e a proximidade das eleições podem prejudicar a preparação da campanha de Harris, deixando-a em desvantagem contra Trump. A crítica dos republicanos de que Biden não estava apto para o cargo pode ganhar força, enfraquecendo a confiança pública nos democratas. A decisão de Biden pode ser vista como um reconhecimento de suas fraquezas, o que pode criar uma percepção de instabilidade no partido. 

Com o atentado contra Donald Trump, e agora a desistência de Joe Biden, o futuro das eleições dos EUA ficam cada vez mais incertas e deixa o mundo mais aflito. Após a tentativa de assassinato contra Trump, sua candidatura ganhou mais força e tem grandes chances de vencer, agora que Biden não concorrerá às eleições e Harris não é uma candidata certa ao partido.

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